Pedro Abrunhosa vai lançar um novo albúm em Maio.
Mas já se ouve um single que o promove. E, desta vez, o regresso do contestatário Abrunhosa lança perguntas incómodas de uma realidade que choca e provoca o desvio do olhar.
Acima de tudo, o cantor levanta questões, interrogações que necessitam de respostas. Abrunhosa diz que ainda não venceu os seus fantasmas. O grande foco são os sem abrigo, aqueles que vagueiam por aí... Eles são as vítimas das fraquezas do sistema. São nove mil no país.
Aspectos como as falhas da política, a responsabilidade dos artistas na sociedade e a depressão que o mundo sofreu no 11 de Setembro são aspectos pertinentes para Pedro Abrunhosa.
O mais recente trabalho do cantor do Porto relembra feridas não cicatrizadas, aliadas a homenagens, como é o caso de “Gisberta” o sem abrigo, transsexual com HIV, assassinado brutalmente por um grupo de jovens com menos de 16 anos.
Este trabalho é, acima de tudo, um grande alerta, para olharmos o mundo à nossa volta, muitos andamos perdidos, qual barco sem âncora, e sem porto onde atracar..
É tempo de reflectir e de agir..
Fiquem com a letra e no link abaixo, poderão ver o video no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=sqK7Ys155j4
Quem me leva os meus fantasmas
Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
(refrão)
De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta
(refrão)
Bom início de semana!
Façam o favor de ser felizes!
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