Olá amigos!
Num deste dias vi o último filme de William Friedkin, realizador de "O Exorcista", uma viagem intensa ao mundo da insanidade, um filme quase experimentalista, "Bug".
É uma obra para ser vista por mentes abertas, não sendo de fácil visão e aceitação. A realidade, a ficção, a paranóia andam sempre ligadas num excelente filme com extraordinárias interpretações, em personagens bem complicados.
Agnes (Ashley Judd) é uma empregada de mesa solitária. O seu violento ex-marido, Jerry (Harry Connick Jr.), acabou de sair da prisão em liberdade condicional e a sua melhor amiga apresenta-a a um misterioso veterano da Guerra do Golfo, Peter (Michael Shannon). Fragilizada, Agnes apaixona-se e logo Peter começa a partilhar o seu sombrio quarto de motel. Tudo parece correr bem... até que o ex-marido de Agnes volta e Peter começa a falar de forma obsessiva nos "insectos" que o Governo injecta nos corpos dos ex-combatentes... Estará Peter a contar a verdade? Será apenas paranóia? Então, por que começa Agnes também a ver insectos?
E o que de imediato salta à vista é a capacidade do realizador em dirigir os seus actores, e a forma como estes se entregam aos respectivos papéis, ao ponto de caminhar na ténue e perigosa linha que separa o drama do... ridículo. A verdade é que mesmo quando as personagens mergulham na mais profunda e completa paranóia, a sua loucura surge aos nossos olhos com um desconforto tal que se torna inclusivamente difícil de ver.
Depois de ter realizado dois dos filmes mais importantes dos anos 70 - “Os Incorruptíveis Contra a Droga” e “O Exorcista” -, o realizador William Friedkin atravessou um longo período de insucessos comerciais e de crítica. Contudo, no último Festival de Cannes, este “Bug” foi exibido na Quinzena dos Realizadores com grande aclamação da crítica. É um filme sobre o medo, que adapta uma peça teatral da Broadway da autoria de Tracy Letts. Uma experiência perturbante numa obra muito peculiar.
Aqui o horror é provocado ao nível psicológico, e está todo ele na mente dos seus protagonistas, espalhando-se entre as personagens como um vírus. "Bug" surge, acima de tudo, como um relato desencantado de uma certa América, onde uma mulher de mal com a vida após o desaparecimento do filho, as ameaças do ex-marido e o consumo de drogas encontra um veterano soldado da Guerra do Golfo, estranho e particularmente incomodado com insectos. A partir daí, a paranóia cresce até atingir extremos, mas o que permanece sempre é a relação entre duas almas carentes de afecto e de confiança. As interpretações de Ashley Judd e de Michael Shannon (com uma transformação prodigiosa) são notáveis num filme ....dificil.
A ver por mentes abertas.
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
Trailer com legendas em português (Expresso):
Trailer (Sapo):
http://videos.sapo.pt/LtYzuVzmGOh8wUOzfDNM
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