Segunda-feira, 30 de Abril de 2007

Quem me leva os meus fantasmas

 

Pedro Abrunhosa

Pedro Abrunhosa  vai lançar um novo albúm em Maio.

Mas já se ouve um single que o promove. E, desta vez, o regresso do contestatário Abrunhosa lança perguntas incómodas de uma realidade que choca e provoca o desvio do olhar.

Acima de tudo, o cantor levanta questões, interrogações que necessitam de respostas. Abrunhosa diz que ainda não venceu os seus fantasmas. O grande foco são os sem abrigo, aqueles que vagueiam por aí... Eles são as vítimas das fraquezas do sistema. São nove mil no país.
Aspectos como as falhas da política, a responsabilidade dos artistas na sociedade e a depressão que o mundo sofreu no 11 de Setembro são aspectos pertinentes para Pedro Abrunhosa.

O mais recente trabalho do cantor do Porto relembra feridas não cicatrizadas, aliadas a homenagens, como é o caso de “Gisberta” o sem abrigo, transsexual com HIV, assassinado brutalmente por um grupo de jovens com menos de 16 anos.

Este trabalho é, acima de tudo, um grande alerta, para olharmos o mundo à nossa volta, muitos andamos perdidos, qual barco sem âncora, e sem porto onde atracar..

É tempo de reflectir e de agir..

Fiquem com a letra e no link abaixo, poderão ver o video no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=sqK7Ys155j4


Quem me leva os meus fantasmas

Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada

Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta

(refrão)

De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta

(refrão)

Bom início de semana!

Façam o favor de ser felizes!

 

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:24
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Domingo, 29 de Abril de 2007

Cartas de Iwo Jima - a face japonesa da guerra

 

 

 

 

 Olá amigos!

Com algum atraso venho falar-vos da outra face de um diptico que Clint Eastwood levou a cabo no ano transacto. Depois de ter opinado sobre "As Bandeiras dos Nossos Pais" (vide http://docasnasasasdodesejo.blogs.sapo.pt/4190.html), eis que esta face da moeda explora o lado japonês da questão.

Enquanto "As Bandeiras dos Nossos Pais" partia da imagem em que cinco "marines" erguem a bandeira dos EUA no Monte Suribachi, "As Cartas de Iwo Jima" mergulha no lado dos soldados japoneses. Décadas depois da batalha, são desenterradas no local várias centenas de cartas que revelam facetas desconhecidas dos soldados que aí perderam a vida. Cartas que dão um rosto aos heróis de Iwo Jima e ao seu extraordinário general.

Junho de 1944. Os soldados japoneses foram enviados para Iwo Jima, considerada a última linha de defesa do país, cientes de que era altamente improvável que de lá regressassem. Estre eles encontravam-se Saigo (Kazunari Ninomiya), um padeiro que só quer sobreviver para conhecer a sua filha recém-nascida; Baron Nishi (Tsuyoshi Ihara), um campeão Olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo pela sua arte e pela sua honra; Shimizu (Ryo Kase), um jovem ex-agente da Polícia Militar, cujo idealismo ainda não foi posto à prova pela guerra; e o Tenente Ito (Shidou Nakamura), um militar rígido, que certamente preferiria o suicídio à rendição.A defesa é organizada pelo General Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe), cujas viajens pela América lhe revelaram a natureza vã da guerra, mas também lhe deram a visão estratégica necessária para enfrentar a vasta armada americana que se aproxima pelo Pacífico. Ao contrário dos outros comandantes Kuribayashi moderniza o modo de agir, alterando a estratégia que era usada. Ele supervisiona a construção de uma fortaleza subterrânea, feita de túneis que davam para as suas tropas a estratégia ideal contra as forças americanas, que começam a desembarcar na ilha em 19 de fevereiro de 1945. Com poucos meios e poucos soldados, mas uma vontade indómita de vencer, o general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heróico. Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de 20 mil japoneses.

 
Clint Eastwood (vencedor de Oscares da Academia pelos seus filmes "Million Dollar Baby" e "Imperdoável" e novamente nomeado por este filme) conta-nos a história até agora desconhecida dos soldados japoneses e do seu General que há 61 anos se defenderam da invasão dos exércitos americanos na ilha de Iwo Jima.

Na tentativa de revelar um acontecimento que continua a ter um forte impacto sobre ambas as culturas, Clint Eastwood foi perseguido pela ideia de que fazer apenas um filme - "As Bandeiras dos Nossos Pais" - seria apenas contar metade da história. Com este projecto inovador, Clint Eastwood procura dar a conhecer a Guerra do Pacífico, não como um confronto de exércitos, mas como um choque de culturas.

Contando histórias diferentes, segundo perspectivas diferentes e com uma linguagem diferente, "Cartas de Iwo Jima" e "As Bandeiras dos Nossos Pais" são o tributo de Eastwood a todos os que perderam a vida dos dois lados do conflito, propondo uma nova forma de analisar profundamente um acontecimento que tanto afectou a história dos dois países.

 "Cartas de Iwo Jima", falado em japonês, será das duas a melhor, pela intensidade com que as personagens vivem a história, e em especial por um desempenho fabuloso de Ken Watanabe no papel do General Kuribayashi. Esta obra vibra mais também porque acompanha a guerra e a vivência dos soldados japoneses apoiado nas missivas que revelam o sacrifício, o esforço, a coragem e a compaixão destes homens que se defenderam heroicamente do exército americano.

Clint Eastwood, um dos maiores realizadores da actualidade, faz mais um grande filme, a ser visto e meditado sobre alguns de muitos heróis anónimos.

Bom cinema!

Já agora se quiserem ver o Trailer, mesmo em inglês, eis o link:: http://www.youtube.com/watch?v=_fGgkDGF2Ts .

Façam o favor de ser felizes!


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:33
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Sábado, 28 de Abril de 2007

Caminhos e Descobertas

 

 

 

 

 

Olá amigos!

Há coisas na vida, que não se explicam.. e esta é uma delas..

Quem me conhece sabe que eu sempre digo que nada acontece por acaso.E é nisso que acredito.. e este é um dos pequenos exemplos.

Ao relembrar o autor que citei ontem, Joseph Campbell, decidi procurar algo sobre a sua vida, e encontrei alguém que marcou a vida de muita gente!

 Ele fui um jovem americano que tem a sua grande descoberta aos 5 anos. Joseph fui com o pai em um show da companhia de Buffalo Bill, o lendário explorador de fronteiras americano. Era um espectáculo tradicional. Uma vez por ano, cavaleiros, atiradores e guerreiros índios transformavam em uma pradaria o Madison Square Garden, em Nova York, e encenavam batalhas do Velho Oeste. Mas o que chamou a atenção de Joe não foram os heróis brancos, mas os peles-vermelhas. Ele ficou tão fascinado pelos indígenas que começou a ler tudo o que encontrava sobre eles. E assim foi por toda sua vida. De livro em livro, de história em história, de tribo em tribo, Joseph Campbell (1904-1987), transformou-se em um dos maiores estudiosos de mitos. Casou-se, viveu feliz e morreu. Fim da história.

Mas faltam alguns pormenores. Campbell, no seu livro “O Poder do Mito” resume em linguagem simples e directa todo seu pensamento sobre mitos. Faz analogias entre diferentes narrativas religiosas e fala sobre o mito, os heróis, as deusas e o sagrado no mundo de hoje. A ideia central do pensamento de Campbell é que os mesmos mitos estão por trás de todas as histórias. Eles apenas assumem roupagem diferente conforme a cultura local. Ou seja, todos os deuses são um só, apenas com máscaras diferentes. Todos os heróis são o mesmo, com várias faces.

 A fama veio apenas no final da vida, mas Campbell já havia publicado vários livros. Um deles, O “Herói de Mil Faces”, serviu de inspiração para George Lucas, o criador de Guerra nas Estrelas. "Ele é realmente um homem maravilhoso e tornou-se meu Yoda (o personagem sábio de Guerra nas Estrelas)", disse o cineasta no discurso em homenagem a Campbell, em 1985, ainda em vida, pois ele faleceria em 1987.

Lucas conta que passou anos tentando escrever um conto de fadas moderno. Pesquisou heróis clássicos e modernos, leu muito, mas só nas palavras de Campbell achou o foco que procurava. Foi ali, disse o cineasta, que entendeu a estrutura mítica por trás das histórias de heróis e conseguiu escrever sua saga estelar.

Segundo Campbell, em toda narrativa, de literatura ou religião, o herói cumpre uma mesma jornada: partida, preenchimento e regresso. Primeiro ele recebe um chamamento que não pode recusar. Em seguida, parte numa busca, ao longo da qual enfrenta inimigos e desafios que fazem com que passe por transformações. Quando cumpre sua tarefa, volta para dividir a dádiva recebida com seu povo. É o que faz o personagem de George Lucas, Luke Skywalker.

Em A Jornada do Herói, Campbell descreve como é o caminho até a dádiva, realização que ele chama de bem-aventurança. "Siga sua bem-aventurança até lá, onde há um profundo sentido do seu ser, lá onde seu corpo e sua alma querem ir. Quando você alcançar essa sensação, fique aí e não deixe ninguém arrancá-lo desse lugar. E portas se abrirão onde você nem sequer imaginava que pudesse haver algo."

Para Campbell, sempre que seguimos esse chamamento da alma, que buscamos o preenchimento, que saímos em busca do lugar onde nos sentimos inteiros, estamos tomando o caminho dos heróis. Mesmo que a escolha não pareça certa ou a mais feliz, seguir o chamado é a atitude correta a tomar, diz ele (leia texto abaixo). Senão, corremos o risco de um dia, em uma daquelas crises de maturidade, descobrir que encostamos nossa escada na parede errada. Parece auto-ajuda? Talvez, mas para Campbell há mais que palavras aí. Ele mesmo ouviu esse chamamento (no show de Buffalo Bill) e escolheu segui-lo. Mas o impulso inicial não basta para a vida toda. Ao longo da existência, outras decisões foram necessárias. E em muitas delas ele procurou a voz que chamava para a bem-aventurança. Ou seja, Joe também foi um herói genuíno.

Ainda jovem, estudava literatura medieval na Universidade de Columbia, em Nova York, com uma tese sobre as lendas do ciclo do rei Artur. O caminho era promissor. Mas eis que ele ganha uma bolsa de estudos para morar dois anos na Europa. E lá foi ele em um novo rumo: primeiro Paris, depois Munique, entre 1927 e 1929. O clima de vanguarda e boémia da Europa contrastava com a vida acadêmica nos Estados Unidos, e ali descobriu Thomas Mann, James Joyce, Carl Jung e Sigmund Freud. Dizia ele que esse encontro foi crucial para compreender que sonhos, artes e mitos falam sobre a mesma coisa. E que o estudo da mitologia seria muito melhor se ultrapassasse o mero circuito académico. Foi quando sua cabeça se “abriu” para outra dimensão do mito.

Retornou em 1929 para a Universidade de Columbia com novas ideias, mas seu orientador não quis saber daquela conversa de "minha mente se abriu". Sua bem-aventurança tinha um obstáculo pela frente. Aliás, dois: a Bolsa de Nova York havia acabado de quebrar e não havia trabalho.

Desiludido com a carreira académica, Campbell passou anos em crise, procurando emprego, tentando escrever um romance, depois viajando pelos Estados Unidos. Até que, sem rumo, enfiou-se em uma cabana no meio da floresta em Woodstock, onde passou anos lendo e escrevendo. Desenvolveu seu próprio método de estudo, que chamava de leitura orgânica. Funciona assim: se um autor diz algo a você, leia tudo o que ele escreveu e depois tudo o que essa leitura o inspirar. "Um livro leva a outro", dizia.

Aprofundou o estudo dos autores que tinha conhecido na Europa e saiu do período de hibernação já com os conceitos que anos depois aparecem em seus livros.

Depois de tentativas frustradas de escrever contos e de sobreviver leccionando línguas, Campbell foi convidado para leccionar literatura comparada e mitologia na Faculdade Sarah Lawrence. Era uma faculdade para raparigas, em que os professores elaboravam os cursos conforme o interesse de cada aluna. Campbell foi obrigado a ver a mitologia de um outro ponto de vista, o feminino. E trazer os mitos para a vida quotidiana. Um desafio e tanto, que ele venceu estudando. Ele foi professor da Faculdade Sarah Lawrence por 38 anos.

Na faculdade, Campbell apaixonou-se por uma aluna, Jean Erdman. Quando ela deixou a faculdade para viajar pelo mundo com a família, ele lhe deu um livro, esperando que ela o lesse na viagem e, na volta, tivesse ao menos um motivo para reencontrá-lo. Deu certo. Os dois se casaram em 1938, assim que Jean retornou. Durante 50 anos de casamento, cada um construiu sua própria carreira (ela era bailarina), mas inspirado pelo trabalho do outro. Ele trouxe os mitos para as criações dela em dança. E ela o aproximou ainda mais do mundo das artes.

Campbell diz que, na linguagem mitológica, a mulher representa a totalidade do que pode ser conhecido - e o herói é aquele que vem para conhecer. "À medida que ele progride na lenta iniciação que é a vida, a forma da deusa vai sofrendo transformações: ela nunca será maior que ele próprio, embora possa sempre lhe prometer mais do que ele é capaz de compreender."

Mais tarde, começou a escrever “O Herói de Mil Faces”, um dos temas que leccionava. Demorou cinco anos nesse trabalho, mas o manuscrito foi rejeitado por duas editoras. Somente em 1949 conseguiu publicar a obra, que fez sucesso e deu o impulso inicial em sua carreira de escritor.

Agora é um velho sábio. Mas não daqueles que falam por metáforas, melhor que isso: ele explica as metáforas que todos os sábios usaram antes. Seguindo à risca a jornada do herói que ele mesmo criou, agora é hora de dividir suas conquistas com seu povo. "Seja em uma grande metrópole moderna, seja nas cavernas", diz Campbell, "viver é passar pelos mesmos estágios da infância à maturidade sexual, a transformação da dependência em responsabilidade, o casamento, a decadência física, a perda gradual das capacidades e a morte". Ou seja, as pessoas têm o mesmo corpo, as mesmas experiências corporais, os mesmos anseios. Por isso reagem às mesmas imagens, aos mesmos mitos.

Ele dá o exemplo da imagem da águia e da serpente, presente em várias civilizações. Ela representa o conflito entre a serpente, ligada à terra, e a águia, cujo voo representa o lado espiritual. Quando elas se fundem, temos o dragão, ou a serpente com asas, que encontramos nos mitos de quase todas as religiões, como o dragão celestial dos chineses e a serpente emplumada dos astecas.

E para que serve saber isso tudo? Para entender a própria existência. Ao entender a estrutura mítica, diz Campbell, o indivíduo tem uma chave para entender sua sociedade, outros povos e a própria vida - não como um acontecimento isolado, mas sim como uma vivência que segue os mesmos rituais de gerações passadas e futuras. A jornada do herói é a jornada de cada um.

Conceito central no pensamento de Campbell, a bem-aventurança, diz ele, está naquilo que nos enche de satisfação e entusiasmo e dá aquele sentimento de estar realmente vivo. E essa busca não é o mesmo que ir atrás de felicidade. Pelo contrário: a jornada tem sofrimento, armadilhas e monstros terríveis. Mas é o que vai fazer, enfim, o herói completar sua transformação para encontrar a dádiva final. Ulisses, o herói da Odisseia, não sai em uma jornada de aventuras porque é a opção que lhe parece a mais feliz. Pelo contrário, ele só parte porque não consegue evitar - ele até finge estar louco para ver se escapa. No final não consegue evitar o chamamento, deixa a vida feliz e a amada Penélope para sair em uma longa viagem. Só depois de enfrentar ciclopes, sereias e outros tantos perigos e tentações volta vitorioso para os braços da fiel Penélope.

E aí encontra a felicidade. Portanto, o caminho é duro, todos sabemos, por vezes leva voltas incríveis, em que parece não estarmos no trilho certo. Mas a memória e a noss capacidade de superação levam-nos a bom porto! À profunda felicidade!

Amigos, desculpem este post tão longo, mas não resisti a partilhar a minha descoberta!

Tenham um bom fim de semana!

Façam o favor de ser felizes!

publicado por docasnasasasdodesejo às 08:00
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Sexta-feira, 27 de Abril de 2007

Estratégias para a Felicidade

 

 

 

 

 

Olá amigos!

Aí vem mais um fim de semana e mais um dia que podemos construi-lo da melhor forma!

E hoje veio-me muita à mente isto do que é a felicidade. Muita coisa poderia ser dita e partilhada...

À uns dias num "zapping" pelos canais apanhei o "Só Visto" na RTP, e Rita Blanco era a entrevistada de Daniel Oliveira. A entrevista foi extremamente interessante, de uma simplicidade e serenidade latente. A determinada altura o apresentador pergunta à actriz: "É feliz?" E olhos nos olhos, Rita Blanco respondeu: "não sou feliz, tenho sim os meus momentos de felicidade.. e luto a cada dia, a cada momento por ser feliz."

Tal franqueza arrepio-me e fez-me meditar nesse tal caminho da felicidade. E sem demais, concordei com ela. Faço, tento, luto por ser feliz. Cada passo que dou é na procura dessa realidade. Agora, como resultado final...tenho momentos de felicidade. Mas é também com tranquilidade que faço este diagnóstico, pois também reconheço que o caminho faz-se ao andar e mais... , se pesar na balança, os momentos de felicidade são muitos! E agradeço à vida, e às pessoas que preenchem e passaram pela minha vida, por isso.

Curiosamente, no filme de que falei ontem, também a determinado momento fala-se da felicidade. E a actriz principal responde, citando Joseph Campbell, que,a fim de alcançarmos a felicidade, devemos procurar vivenciar aqueles momentos em que fomos profundamente felizes, e fazer deles memória para os momentos dificeis. São estratégias e o caminho para a felicidade faz-se também com estratégia.

A nossa missão é "simplesmente" elaborar a melhor estratégia!

Divirtam-se!

Façam o favor de ser felizes!

 

 

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:40
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Quinta-feira, 26 de Abril de 2007

O Bom Nome - Ao Encontro da Serenidade

 

 

 

 

Conhece as tuas origens para chegares ao teu destino.

 

 

Fui ver por estes dias o último filme da realizadora indiana Mira Nair e recomendo vivamente a sua visão. É na minha opinião, o seu melhor filme, assente sobretudo na sua vivência de realizadora entre dois mundos, a Índia e os Estados Unidos, bem reflectido nesta obra. 

Passando por duas gerações, onde duas culturas opostas e duas formas de viver completamente distintas se chocam entre si apenas para, mais tarde, ternamente se unirem, o filme “O Bom Nome” é, em conclusão, acerca de uma família.

Saltando entre as cidades, igualmente vibrantes e coloridas, de Calcutá e Nova Iorque, o filme é definitivamente um drama familiar, mas acerca de uma família americana contemporânea muito diferente: os Gangulis que foram da Índia para os Estados Unidos de forma a poderem experimentar um mundo de oportunidades ilimitadas, apenas para serem confrontados com os perigos e a confusão da tentativa de construir uma vida com significado numa sociedade complexa.

Logo a seguir ao casamento combinado, Ashoke (Irrfan Khan) e Ashima (Tabu) mudam-se da húmida cidade de Calcutá para a invernosa cidade de Nova Iorque, onde começam a sua nova vida juntos.

Totalmente estranhos um para o outro e agora vivendo no que é para eles uma terra muito estranha, a sua relação rapidamente sofre uma mudança quando Ashima dá à luz um filho. Sob a pressão de lhe dar rapidamente um nome, Ashoke decide-se por Gogol, nome do famoso autor russo, nome esse que serve como elo de ligação a um passado secreto e à esperança de Ashoke: um futuro melhor.

Mas a vida não é tão fácil para Gogol como os seus pais podiam desejar. Sendo um jovem americano de primeira geração, Gogol (Kal Penn) tem de percorrer a ténue linha entre as suas raízes bengali e a nacionalidade americana na procura da sua própria identidade.

Enquanto Gogol tenta escrever o seu futuro – renunciando ao nome dado pelos seus pais, namorando com uma rapariga americana rica, indo estudar arquitectura para a Universidade de Yale – os seus pais mantém-se fiéis às tradições bengali.
Gogol aos poucos, vai rejeitando as suas raízes. Só que a vida, entre alegrias e tristezas, vai desafiar Gogol a descobrir a sua identidade.

 

  


 

 

" O Bom Nome" adapta uma obra da escritora indiana Jhumpa Lahiri, e tem nos actores principais excelentes interpretações, em especial Tabu, fabulosa actriz que com a sua força "carrega" a maior parte do filme. Numa história de busca de identidade, das raízes ancestrais e do peso que um nome pode ter na vida de alguém, esta é uma narrativa que transmite uma extrema tranquilidade, com manisfestações emocionais interiores que transitam para o espectador sem imposições. É um prazer tremendo perceber o amor que une o casal Ashoke e Ashima, mesmo sem grandes demonstrações! É notável a capacidade de transmitir emoções e sentimentos sem muito dizer nem revelar, com uma serenidade absoluta que revela que o "choque de culturas" só existe mesmo nas nossas mentes e nos nossos padrões quando queremos que exista.
Vão ver se tiverem oportunidade! Bom cinema!
Façam o favor de ser felizes!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:30
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Quarta-feira, 25 de Abril de 2007

Liberdade

 

 

 

 

 

Olá amigos!

Hoje celebra-se o Dia da Liberdade no país. Mas devo dizer, com algum sacrilégio para alguns, que por não ter vivido esse tempo de falta dela, tenho muita dificuldade em dar valor ao mesmo. A liberdade para mim está associada à minha vontade.

Agora reconheço que em muito,  não sou livre.  Se bem que muitas das situações acabam por surgir motivados pela minha liberdade de escolha. Falo de situações de cedência, de evitar magoar, e também aquelas mais negativas em que me acomodo. Noutras situações reconheço que por razões de ordem profissional ou de funcionamento social, a liberdade é nula, mesmo inexistente.

Poderia falar muitas coisas sobre a liberdade, é algo que sinceramente penso que muda consoante o conceito de cada um, e por vezes os interesses de cada um.

O conceito mais alargado, e mais reconhecido por todos é "a minha liberdade começa onde acaba a do outro". O problema é que esta noção provoca colisões, pois ao actuarmos em sociedade, estamos continuamente com interesses comuns divergentes, por isso haverá conceitos correctos?

Como acho que muitas vezes destas discussões de conceitos e noções são nada ou pouco importantes, o essencial é vivermos em liberdade (a possível), com respeito pelo nosso eu e o eu dos outros, com bom senso, integridade e responsabilidade... E não esquecermo-nos de viver a vida!!

Aproveito também para aqui deixar algumas frases de homens que se destacaram e que em algum momento falaram de liberdade. Penso também que é uma ajuda à reflexão na nossa sala comum.

 

 

A vida humana é um mecanismo de escolha, preferência e adiamento. Qualquer escolha é também uma exclusão.
(Julián Marías)

 

Quem, em nome da liberdade, renuncia a ser aquilo que devia ser, já se matou em vida: é um suicida de pé. A sua existência consistirá numa perpétua fuga da única realidade que era possível.
(José Ortega y Gasset)

 

Ninguém é mais escravo do que aquele que se considera livre sem o ser.
(Goethe)

 

Não é livre quem não tenha obtido domínio sobre si mesmo.
(Demófilo)

 

A liberdade, ao fim e ao cabo, não é senão a capacidade de viver com as consequências das próprias decisões.
(James Mullen)

 

Prefiro morrer de pé a viver sempre ajoelhado.
(Ernesto "Che" Guevara)

 

Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam. 
(Provérbio Chinês)

 

Os maiores inimigos da liberdade não são aqueles que a oprimem, mas sim aqueles que a sujam.
(Vincenzo Giobertí, filósofo e estadista italiano)


Somos escravos das leis para podermos ser livres.
(Marco Túlio Cícero)


Não nos tornamos livres por nos negarmos a aceitar algo superior a nós, mas por aceitarmos aquilo que está realmente por cima de nós.
(Goethe)


Toda a pessoa tem direito à liberdade religiosa (...) de tal maneira que, em matéria religiosa, não se obrigue ninguém a actuar contra a sua consciência nem o impeçam de actuar de acordo com ela em privado ou em público, sozinho ou associado a outras pessoas.
(Concílio Vaticano II)


Liberdade significa responsabilidade, É por isso que tanta gente tem medo dela. 
(George Bernard Shaw)


Parecemos tão livres - e estamos tão encadeados... 
( Robert Browning)


A verdadeira liberdade consiste somente em fazer o que devemos, sem sermos constrangidos a fazer o que não devemos. 
(Jonathan Edwards)


A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão. 

(Massimo Bontempelli) 


Não são livres todos aqueles que fogem das suas cadeias. 
(Gotthold Ephraim)


O primeiro passo para conseguirmos o que queremos na vida é decidirmos o que queremos. 
(Ben Stein)


Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis. O problema é liberdade sem responsabilidade. 
(Milton Friedman) 


A liberdade da palavra não tem qualquer utilidade para um homem que não tem nada a dizer.
(Roosevelt)

 

 

 Muito haveria por dizer àcerca de cada uma destas frases.. mas penso que o melhor é deixar a cada um essa reflexão.

Façam o favor de ser felizes!

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:56
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Terça-feira, 24 de Abril de 2007

Criar laços

 

 

 

 

Olá amigos!

Ontem ao recordar “O Principezinho”, desatei a folheá-lo novamente e deparei-me com o excerto que sempre me fez parar, desde a primeira vez que o li. Esse pequeno excerto conta o seguinte: (peço a vossa maior paciência...verão que nos transmite algumas coisas importantes) 

        

Foi então que apareceu a raposa.

- Olá, bom dia! - disse a raposa.

- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.

- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.

- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...

- Sou uma raposa - disse a raposa.

- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou triste...

- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Não estou presa...

- AH! Então, desculpa! - disse o principezinho.

Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:

- O que é que "estar preso" quer dizer?

- Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa. - De que é que tu andas à procura?

- Ando à procura dos homens - disse o principezinho. - O que é que "estar preso" quer dizer?

- Os homens têm espingardas e passam o tempo a caçar - disse a raposa. - É uma grande maçada! E também fazem criação de galinhas! Aliás, na minha opinião, é a única coisa interessante que eles têm. Andas à procura de galinhas?

- Não - disse o principezinho. Ando à procura de amigos. O que é que "estar preso" quer dizer?

- É a única coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.

- Laços?

- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...

- Parece-me que estou a começar a perceber - disse o principezinho. - Sabes, há uma certa flor...tenho a impressão que estou presa a ela...

- É bem possivel - disse a raposa. - Vê-se cada coisa cá na Terra...

- OH! Mas não é da Terra! - disse o principezinho.

A raposa pareceu ficar muito intrigada.

- Então, é noutro planeta?

- É.

- E nesse tal planeta há caçadores?

- Não.

- Começo a achar-lhe alguma graça...E galinhas?

- Não.

- Não há bela sem senão...- disse a raposa.

Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:

- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens, caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Mas, se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve de nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo...

A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.

- Por favor...Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.

- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...

- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!

- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.

- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...

O principezinho voltou no dia seguinte.

- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...São precisos  rituais.

- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.

- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - respondeu a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, têm um ritual, à quinta-feira, vão ao baile com as raparigas da aldeia. Assim, a quinta-feira é um dia maravilhoso. Eu posso ir passear para as vinhas. Se os caçadores fossem ao baile num dia qualquer, os dias eram todos iguais uns aos outros e eu nunca tinha férias.

Foi assim que o principezinho prendeu a raposa. E quando chegou a hora da despedida:

- Ai! - exclamou a raposa - ai que me vou pôr a chorar...

- A culpa é tua - disse o principezinho.- Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim...

- Pois quis - disse a raposa.

- Mas agora vais-te pôr a chorar! - disse o principezinho.

- Pois vou - disse a raposa.

- Então não ganhaste nada com isso!

- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...

Depois acrescentou:

- Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.

O principezinho lá foi ver as rosas outra vez.

- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês e vocês não estão presas a ninguém. Vocês são como a minha raposa era. Era uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora, ela é única no mundo.

E as rosas ficaram bastante incomodadas.

- Vocês são bonitas, mas vazias - ainda lhes disse o principezinho. - Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sózinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a que eu reguei. Porque foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi ela que eu abriguei com o biombo.. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu vi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.

E então voltou para o pé da raposa e disse:

- Adeus...

- Adeus - disse a raposa. Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...

- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.

- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.

- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...

- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.

 Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho

 
Foi com a leitura deste “bocadinho” que vi, escrito com toda a simplicidade, o que é cativar, o que é a amizade, a procura de um amigo.
E hoje, releio e medito mais uma vez em certas palavras que mais sentido fazem quando reconheço que muitas vezes ando num “corre-corre”, e os laços criados não são alimentados. Confio, acredito, que os amigos, que para mim são pessoas muito especiais que guardo no coração, não precisam de estar permanentemente em contacto para saberem que estão comigo e que podem contar comigo. Todavia, nessa crença, não nos vamos afastando..? O ritmo de vida é outro, todos seguimos nossos caminhos, mas o “tempo” não servirá de desculpa para tudo?
É engraçada a forma como com muita subtileza esta obra revela como as pessoas que temos no coração são mesmo diferentes e especiais para nós! É o sorriso, é olhar, é o andar, é o chegar sempre atrasado, é o ter aquele humor, é o ser sempre muito distraído, é o ter aqueles olhos brilhantes, é o ter o cabelo sempre despenteado, é o cumprir sempre certos rituais... enfim, uma infinidade de traços que diferenciam aqueles que são os nossos amigos, e que não são um cidadão anónimo!
Só que o cativar, o criar laços, o construir amizades, implica tempo, paciência, entrega... Mas não estamos com isso a criar momentos de felicidade?.. Eu por mim, acho que sim! E assim vamos aprendendo a ver com o coração, a alegrar-nos com a presença, com o olhar, com a voz, com o gesto, com o silêncio.. de quem gostamos...!
E já agora, somos responsáveis por aqueles que cativamos? Serei mesmo? Gostaria de dizer que sim, mas sei que muitas vezes falho.. mas acho que ainda vou a tempo...
Façam o favor de ser felizes e de “ganhar tempo “ com o que é essencial...!

 

 

  

 

publicado por docasnasasasdodesejo às 00:43
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