Olá amigos!
Depois de uma noite agarrado ao ecrã, sem pregar "olho", eis que acabou o “nervosinho” e a ansiedade. Está tudo decidido e atribuído, com ou sem justiça.
Desde já a grande novidade da noite foi a chuva! Isto é, desde que me lembro…nunca havia visto chuva na célebre passadeira vermelha em que o glamour “se passeia” nas horas que antecedem a cerimónia. Como tal, desta vez, foram necessários toldos e uma espécie de tenda gigante para acompanhar toda a passadeira….pois ninguém ia levar guarda-chuva pois não??!!...
Mas vamos ao mais importante.
Jon Stewart foi um anfitrião bem disposto, impondo sempre um bom ritmo à cerimónia. Como se esperava as piadas iniciais abateram-se também sobre Bush, e na actual campanha, a Hillary Clinton e Barack Obama.
A festa curiosamente não foi de arromba, não foi a cerimónia mais espectacular, mas talvez tenha sido aquela que fez-nos viajar rapidamente pelas nossas memórias cinematográficas. Foram fantásticos os vídeos que mostraram os vencedores ao longo de várias categorias nos 80 anos dos Oscars, filmes, actores e momentos que preenchem o nosso imaginário.
O grande vencedor da noite foi “Este País Não é Para Velhos” que obteve 4 estatuetas, incluindo filme, realização (Joel e Ethan Coen), actor secundário e argumento adaptado. O humor negro e excêntrico, o crime e a loucura dos irmãos Coen finalmente conseguiram a consagração!
Mas como já se previa as estatuetas foram divididas entre vários filmes.
Nos Oscars de interpretação houve surpresas.
Inesperadamente o prémio de melhor actriz foi para “Edith Piaf”, melhor dizendo para a brilhante Marion Cotillard, pelo filme “La Vie en Rose”. Tal foi a comoção que a jovem de 32 anos emocionou-se nos agradecimentos. Entre os homens Daniel Day-Lewis confirmou o favoritismo e levou o Óscar por “Haverá Sangue” por mais uma prestação magistral… Pena que ele faz tão poucos filmes!
Javier Bardem e Tilda Swinton ganharam os prémios para actores secundários. O discurso da actriz foi dos mais emocionantes da noite, talvez por não esperar semelhante honra…. até dos mamilos do fato de Batman de George Clooney falou! O espanhol confirmou que a Espanha é a sua terra e ofereceu o prémio a “su madre”.
Como curiosidade, todos os actores vencedores são não-americanos.
Como se esperava “Juno” ganhou no argumento original, confirmando ser a história surpresa do ano. A autora, uma ex-stripper, Diablo Cody, também não conseguiu conter as lágrimas nos agradecimentos.
Os irmãos Coen voltaram a vencer no argumento adaptado com “Este País Não é Para Velhos”.
Na animação não houve surpresas e “Ratatui”, um dos grandes filmes do ano, levou a melhor.
Da Áustria veio o filme estrangeiro vencedor, “Os Falsificadores”, história passada na II Guerra Mundial, contando factos em que os nazis “fabricavam” libras falsas.
Entretanto, o primeiro Óscar da noite foi atribuído ao renovado guarda-roupa de “Elizabeth – A Idade de Ouro”. A fotografia de “Haverá Sangue” foi a justa premiada da madrugada.
Entre as canções, com grande alegria vi a “Falling Slowly” do filme irlandês “Once” vencer. Esta obra conta a história do encontro de um irlandês com uma emigrante checa que se unem pela música e não só… A ver se este filme feito por “tuta e meia” estreia finalmente em Portugal!!! Relativamente à Banda Sonora Original, a excelente composição de “Expiação” de Dario Marianelli foi a vencedora. (Para quem não viu o filme recomendo na sua visão a atenção maior à música)
Destaque também para o prémio de Caracterização atribuído a “La Vie en Rose”, a destacar o magnifico trabalho que transformou a actriz Marion Cotillard em Edith Piaf.
Na Direcção Artística foi agraciado o extraordinário trabalho em “Sweeney Todd”.
Nas categorias mais técnicas, na montagem, som e efeitos sonoros, “Ultimato” ganhou os 3 Oscars e nos efeitos visuais o vencedor foi “A Bússola Dourada”.
Na cerimónia além da própria homenagem aos Oscars, a celebrar 80 anos, foi entregue um Oscar Honorário a Robert Boyle, um mestre na Direcção Artística.
Foi assim a distribuição dos Oscars:
Filme: “Este País Não é Para Velhos”
Realizador: Joel & Ethan Coen (“Este País Não é Para Velhos”)
Actor Principal: Daniel Day-Lewis (“Haverá Sangue”)
Actriz Principal: Marion Cotillard (“La Vie en Rose”)
Actor Secundário: Javier Bardem (“Este País Não é Para Velhos”)
Actriz Secundária: Tilda Swinton (“Michael Clayton”)
Argumento Original: “Juno”
Argumento Adaptado: “Este País Não é Para Velhos”
Animação: “Ratatui”
Filme Estrangeiro: “Os Falsificadores” (Austria)
Fotografia: “Haverá Sangue”
Montagem: “Ultimato”
Direcção Artística: “Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street”
Guarda-Roupa: “Elizabeth – A Idade de Ouro”
Banda Sonora Original: Dario Marianelli (“Expiação”)
Canção Original: “Falling Slowly” (“Once”)
Caracterização: “La Vie en Rose”
Som: “Ultimato”
Efeitos Sonoros: “Ultimato”
Efeitos Visuais: “A Bússola Dourada”
Documentário Longa Metragem: “Taxi to the Dark Side”
Documentário Curta Metragem: “Freeheld”
Curta Metragem de Animação: “Peter & The Wolf”
Curta Metragem de Ficção: “The Mozart of Pickpockets”
Seria muito interessante poder ver em Portugal os documentários, as curtas metragens de ficção e animação vencedoras, além de “Once”.
P.S.: Foi bonita a atitude da Academia e de Jon Stewart ao trazer de volta oo palco a cantora-actriz de “Once” para fazer o seu agradecimento que a Orquestra lhe impediu de fazer….
Assim, nas contas finais tivemos a seguinte distribuição:
4 Oscars:
“Este País Não é Para Velhos”
3 Oscars :
“Ultimato”
2 Oscars:
“Haverá Sangue”
“La Vie en Rose”
1 Oscar:
“Michael Clayton”
“Juno”
“Ratatui”
“Os Falsificadores”
“Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street”
“Elizabeth – A Idade de Ouro”
“Expiação”
“Once”
“A Bússola Dourada”
Nota final para o extraordinário interesse da publicidade que impede, ano após ano, a TVI de transmitir a entrada, na passadeira vermelha, das estrelas da festa: os actores. É incrível como se perde uma oportunidade enorme de transmitir glamour, beleza e talento.
Bom inicio de semana!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
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