Olá amigos!
No passado fim de semana, o Festival de Cinema de Berlim premiou, com alguma surpresa, o filme brasileiro "Tropa de Elite" de José Padilha.
Este filme mostra o lado feio do Rio de Janeiro, pois retrata a violência policial, a crueldade dos traficantes e a conivência hipócrita da sociedade.
"Na polícia do Rio de Janeiro você tem três opções: ou se corrompe, ou se omite, ou vai p'ra guerra", é o que conta um dos personagens, o capitão Nascimento, desempenhado pelo actor Wagner Moura.
E José Padilha, o realizadore mostrou o que é esse conflito, sem o suavizar. Execuções nas favelas, torturas, polícias que vendem armas e recebem mensalidades de traficantes. "A polícia vai para a favela para matar, não é para morrer", diz o narrador de Tropa de Elite.
A acção do filme desenrola-se em 1997, mas não é muito diferente dos destaques da imprensa de ontem ou do dia anterior. "Foi o ano da Operação João Paulo II, em que eles tiveram que pacificar a favela do Turano apenas para que o Papa dormisse uma noite na favela. Mataram de 30 a 35 pessoas nos meses da visita", disse Padilha à imprensa em Berlim.
"Os polícias e os bandidos têm alguns "valores" em comum, como a desvalorização da vida. Mais de quatro mil pessoas foram assassinadas no Rio no ano passado. É um número de guerra".
A sinopse é simples: o realizador centrou-se no quotidiano de um grupo de polícias e de um capitaõ do BOPE (Batalhão de Polícia de Operações Especiais) que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para o seu posto; paralelamente, dois amigos de infância tornam-se polícias militares e destacam-se pela indignação contra a corrupção existente.
Este filme, mesmo sendo o mais visto no Brasil, em 2007, com mais de 2 milhões de espectadores, foi motivo de grande controvérsia, pela imagem que dá da polícia, do Rio de Janeiro, e do próprio Brasil. Daí que talvez não surpreenda que o Ministério da Cultura não o tenha proposto à corrida para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro... mas afinal o prémio máximo de Berlim, não lhe escapou.
A ver, em breve (espero eu), nos cinemas portugueses,
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
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