Olá amigos!
Por estes dias em Portugal, são visiveis os meandros obscuros da política internacional.
O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, visita Lisboa desde hoje (5ª feira dia 12) a Domingo (dia 16).
O Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz em 1989, pela sua dedicação não violenta pela causa do Tibete, partiu para o exílio na Índia em 1959, quando o exército chinês ocupou a região.
Desde 1993 que o Dalai Lama não tem contactos directos com Pequim, que considera o líder tibetano como um separatista, devido à sua posição inicial que reclamava a independência do Tibete.
Desde então, o Dalai Lama abandonou as exigências iniciais de independência e o obejctivo é agora uma "autonomia real e significativa" que preserve a cultura, língua e ambiente do Tibete.
Será apenas recebido na quinta-feira pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e na quarta-feira pela comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros.
Todavia, o governo chinês já censurou o parlamento português por receber o Dalai Lama e apelou à Assembleia da República (AR) para não servir de veículo à mensagem do líder tibetano no exílio. Isto num momento em que o governo português tenta por todos os meios cativar os chineses para uma maior utilização dos nossos portos para entrada das suas mercadorias na Europa...
E ao que consta, os chineses mantêm a pressão a todo e qualquer movimento do Dalai Lama, e numa conferência de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, a porta-voz, Jiang Yu, afirmou que "as actividades do Dalai Lama não são só religiosas. Ele representa as forças políticas que visam a independência do Tibete e a desagregação da pátria chinesa. Esperamos que os países relevantes consigam reconhecer as intenções do Dalai Lama e não facilitem nem dêem espaço às suas actividades", reafirmou.
"As actividades do Dalai Lama na passada década demonstram que ele não é uma simples figura religiosa. Ele aproveita-se das suas actividades religiosas no exílio para tentar separar o Tibete da pátria chinesa", acrescentou Jiang.
Alertou ainda que os países estrangeiros não devem interferir na relação entre Pequim e o Tibete.
"O Tibete é parte da China desde os tempos antigos e as questões do Tibete são por isso questões internas da China", concluiu.
E pronto, se alguma dúvida havia, os chineses decidiram impor a sua política ao nosso país, perante o silêncio total do governo português.
Por seu lado, o representante do Dalai Lama para a Europa desvalorizou a recusa do Governo em receber o líder tibetano, indicando que "este não pretende colocar ninguém numa situação complicada". Há e continuaram a existir exemplos de sabedoria neste mundo...
Entretanto o Dalai Lama fará uma conferência pública no Domingo no Pavilhão Atlântico e nesse mesmo dia participará num encontro inter-religioso, que contará com a presença do líder budista e responsáveis dos diferentes credos presentes em Portugal - católicos, muçulmanos, protestantes, judeus, hindus, entre outras comunidades.
Tenham um bom dia!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
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